sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Querer mas não querer.

Toda vez que te vejo.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Aprendi a decantar idéias com o tempo;
Aprendi que não posso mudar as coisas
Antes de me mudar.
Aprendi a escrever histórias,
A plantar idéias
E a colher sonhos.
Mas estou aprendendo,
Gradativamente, a te esquecer
Toda vez que te vejo.

Aprendi que cada pessoa tem uma vida
Antes de fazer parte das outras vidas.
Por isso, recolho minha pretensão
E minha soberba e tento me acostumar.
Sei que não irei mudar-te.
Frustração.
Mas saiba que você me mudou:
Cortou minha carne; meu rosto
E foi embora.
Mas tudo bem, pois aprendi
A te esquecer
Toda vez que te vejo.

Não necessito mais da sua presença;
Aprendi a conviver com a solidão.
Mas... não quero que você se afaste.
Não quero perdê-la!
Não sei se existirei sem você,
Mas não quero mais.
Não consigo parar de me machucar.
É compulsivo:
Seu beijo é meu veneno e meu bálsamo.
Cada pensamento obsessivo
Que eu tenho;
Cada vontade de te matar;
Cada vontade de me matar
E acabar com tudo
Já fazem parte de mim.
É compulsivo.

Não irei jamais te esquecer!
Você já faz parte de mim,
E mesmo que eu,
Ou você não queira,
Assim o é.

- Não são pessoas nem atos isolados que me fazem escrever, mas sim idéias que insistem em me atormentar toda noite.
Devo esquecê-las?
Acho que não, pois aprendi a conviver com elas e a uma altura dessas, já fazem parte de mim.

Um comentário:

  1. Olha, se não foi uma pessoa isolada para quem você escreveu ou por quem você se inspirou para este desabafo com notas poéticas, então... Melhor esquecer (toda vez que a vir outra vez...)!

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