Toda vez que te vejo.
(Adriano Mariussi Baumruck)
Aprendi a decantar idéias com o tempo;
Aprendi que não posso mudar as coisas
Antes de me mudar.
Aprendi a escrever histórias,
A plantar idéias
E a colher sonhos.
Mas estou aprendendo,
Gradativamente, a te esquecer
Toda vez que te vejo.
Aprendi que cada pessoa tem uma vida
Antes de fazer parte das outras vidas.
Por isso, recolho minha pretensão
E minha soberba e tento me acostumar.
Sei que não irei mudar-te.
Frustração.
Mas saiba que você me mudou:
Cortou minha carne; meu rosto
E foi embora.
Mas tudo bem, pois aprendi
A te esquecer
Toda vez que te vejo.
Não necessito mais da sua presença;
Aprendi a conviver com a solidão.
Mas... não quero que você se afaste.
Não quero perdê-la!
Não sei se existirei sem você,
Mas não quero mais.
Não consigo parar de me machucar.
É compulsivo:
Seu beijo é meu veneno e meu bálsamo.
Cada pensamento obsessivo
Que eu tenho;
Cada vontade de te matar;
Cada vontade de me matar
E acabar com tudo
Já fazem parte de mim.
É compulsivo.
Não irei jamais te esquecer!
Você já faz parte de mim,
E mesmo que eu,
Ou você não queira,
Assim o é.
- Não são pessoas nem atos isolados que me fazem escrever, mas sim idéias que insistem em me atormentar toda noite.
Devo esquecê-las?
Acho que não, pois aprendi a conviver com elas e a uma altura dessas, já fazem parte de mim.
Versos Diretos n°103, 104, 105 e 106
Há 14 horas
Olha, se não foi uma pessoa isolada para quem você escreveu ou por quem você se inspirou para este desabafo com notas poéticas, então... Melhor esquecer (toda vez que a vir outra vez...)!
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