quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Continuo sonhando...


Eu já não sonho mais com ovelhas eletrônicas.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Ovelhas eletrônicas
Habitam meus sonhos.

Não sei se morrer é a melhor coisa,
Mas meu corpo frio,
Meus olhos cegos
E minhas mãos geladas
Já não carregam o mundo.

O que me consola
E me acalma os sonhos
É saber que tudo isso
Acabará e será esquecido
Como lágrimas na chuva,

Mas assim como toda doença,
Minhas memórias sairão de mim
Para se tornarem outro alguém.

Os momentos passam
E eu
Também...



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Meu parecer.

Segundo consta. 
(Adriano Mariussi Baumruck)

Segundo consta
Minhas mentiras
São as únicas
Coisas reais
Que eu tenho.

Segundo consta
Minhas conquistas
Se espalham pelo
                          Chão
Pelo tempo,
Por meus olhos
                        Fatigados
De ilusão.

Segundo consta
Minha ausência
Rege minhas
                   Paixões
E minha vida,
Além de esconder
Em suas marcas
A minha
             Mediocridade.

Segundo consta
Minhas palavras
Não embebem
                       Bocas,
Assim como
Minha vontade
De morrer,
Minha desvontade,
Embriaga o meu
                         Ser.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Depois de muito tempo... voltei!!


Um mau moderno.
(Adriano Mariussi Baumruck).

I –
É tanta coisa para fazer
E tão pouco tempo.

São tantas noites em claro,
São tantas angustias e pesadelos.
 É tanta coisa para fazer
São poucas as horas,
São escassos os dias
 E é tudo para ontem.

 É tanta coisa para fazer
São tantas coisas
São inúmeras
E nenhuma.

É tanta coisa para fazer 
Que para estancar tal ferida
Somente um ponto final
Ou uma pedra no meio do caminho.

II - 
Um torniquete amarrado e retorcido
Estanca a ferida que eu insisto
Em cultivar.