sábado, 10 de outubro de 2009

Revolução poética.

Primeira tentativa.

(Adriano Mariussi Baumruck)

I-

Gosto da palavra revolução
Por causa da força que ela traz;
Mesmo que isso seja
Um espasmo,
Um tiro a esmo,
Uma loucura
Ou uma utopia.

Que essa voz que ecoa,
Não deixe morrer
A vivacidade e o calor da alma,
Que são espelhos da nossa existência.

Que esse grito sozinho
Tome corpo.
Que se faça uma revolução!
Sem medo,mas com alguma coisa para dizer,
Mesmo que isso seja nada.




II-

Não cantemos por uma única causa,
Nem por algo coletivo;
Deixemos o sentimento escorrer
E apenas cantemos.

Que todo esforço não seja vão,
Nem seja único;
Mas se Deus assim o quiser,
Que seja!

Para nós Deus não existe,
Assim como não existimos para o passado.
Os velhos tem importância,
E nós,não temos?

Acharemos nossa importância
Mesmo que a força,
Mesmo que a toa,
Mas nunca em vão.

Que não cantemos sozinhos nossos sonhos.
Sonhemos em grupo.Reconstruiremos o mundo,
Mesmo que isso seja uma loucura,
Ou a mais pura verdade.

Tentamos,senhoras e senhores,tentamos...
Fracassamos?
Não,pois tentamos
E seguimos cantando.
Quem ira nos ouvir?


“Uma flor nasceu na rua(...)
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”
(Carlos Drummond de Andrade).

2 comentários:

  1. Apóio a revolução poética, acima de todas as revoluções! Adorei seu blog e obrigada por comentar no escrevendoemparedes!
    Espero que continue o excelente trabalho.
    E um viva à nossa revolução!

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  2. Apoio incondicional à revolucao poética....
    Estou tentando iniciar uma campanha que se chama: Espalhando poesia pela net. Estou indo nos blogs que mais gostei e chamando pra fazermos uma comunidade de poetas na internet forte, o que vc acha?
    Parabéns pelos poemas!
    Olha o meu blog aí: http://blogdomarlos.blogspot.com

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