quinta-feira, 29 de julho de 2010

Degustando obscenidades.

Salivares.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Saliva,
Lágrima,
Porra
E pus.

Tudo o que me traduz em seu corpo,
Rasgado e agradável,
Pronto para toda carícia,
E com toda e qualquer malícia.

Olho,
Boca,
Fossas
E cu.

Tudo o que me traduz em seu corpo,
Entrando por todos orifícios,
Pelos poros
E aos poucos.


Não tenho medo das palavras,
Pois só quero permanecer poema
Enquanto puder ser obsceno,
Imoral e legítimo.

domingo, 25 de julho de 2010

Haicai(do) - 2.

Triste e Doce.
(Adriano Mariussi Baumruck).

Sanguinariamente triste e doce
Você corre em minhas veias
E escreve as histórias.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vivendo e tentando aprender.

Uma simples tentativa.
(Adriano Mariussi Baumruck).

Eu tentei evitar todos os mal entendidos
De uma vida sem compromissos,
De sumiços
E poucas verdades.

Eu tentei evitar o simples,
Mas não escapei de mim mesmo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Memórias presentes.

Um poema para lembrar.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Um poema me faz lembrar
Da saudade;
Da mentira;
Da vontade perdida
Em cada verdade inalcançada.

Um poema me faz lembrar
Da menina;
Da infância;
Do medo que eu tinha
Toda vez que chegava a tempestade.

Um poema me faz lembrar
De você;
De mim;
Do tempo que passa
Enquanto nós envelhecemos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ao poeta.

À Bandeira.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Quando ela silenciou-se,
Pude reparar pela primeira vez
Que a vida acabava.

Mas assim como Bandeira,
Reparei que minha trilha continuava
De qualquer maneira.

Após a noite de festa,
Só restou o silêncio
E a saudade.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Haicai(do).

Gradativamente.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Não sei o que faz as pessoas mudarem tanto;
O que faz o tempo mudar tanto,
Enquanto eu me desencanto.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Meu velho amigo.

Velho amigo.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Renasce um velho sentimento
Preso em meio ao caos e a agonia;
Escondido por detrás das cortinas do acaso,
Mas sempre com a verdade em mãos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dançando sozinho.

Corpos em movimento.
(Adriano Mariussi Baumruck).

Penso em você e logo existo.
Mas assim o sol vai apagando meu sonho;
Desligando seu som, meu sentimento...
E dessa forma vou definhando.

Sua voz e seu corpo
Só me prendem à velhas lembranças:
Barulhos noite a dentro
E vontades que não passam das janelas.

Minha alma está fechada;
Intacta e apagada.
Tornou-se cinzas de sua presença.

Minha alma está fechada
Dentro de teu corpo
E longe da minha existência.