terça-feira, 19 de maio de 2009

Pequenas doses de memória.

Cap I : Gêneses genérico.



Em uma bela manhã, que ao meu ver não era de domingo , por volta das seis horas , quando o sol já se encontrava no céu , surgiu o tudo. Ele surgiu de uma dessas peculiaridades que não acontecem todo dia.O tudo derivou-se da colisão entre as várias moléculas de nada que constituíam o tudo-nada existente.

Não sei se foi Deus , visto que talvez ele ainda nem existisse , não sei se foi o acaso , não sei se foi a força do ócio. Realmente não sei o que fez aquelas duas moléculas colidirem para formar , de fato , o tudo que existe.

Em seu primórdio , ele não era assim não. Era tudo misturado , literalmente. Era uma torre de babel . Um caos , mas que diferentemente de hoje , tinha alguma lógica e um sentido em existir. Acredito que desde já somos confusos ( visto por esse começo ).
Agora você que está lendo me pergunta :

-Tá , muito legal essa conversa toda sobre o tudo e o nada , mas aonde você quer chegar ?”

Respondo-lhe honestamente : não sei.

Imagino que não devemos nos preocupar com o para onde ir , mas sim com o como ir , que na grande maioria das vezes é o mais importante. Saímos do buraco negro confortável que nos originou. Tal feito fez com que nascêssemos filhos de uma inércia tão grande , que de início , o mais prático a se fazer era entregarmo-nos a seu poder. Mas quando as moléculas se chocaram , rompemos a inércia e , com isso , o caos que se chama Mundo começou a existir.

Com ele , foram brotando as coisa sem nome , depois as coisas que nomeavam as sem nome e depois nasceu a contradição , a razão , o pensamento e a memória , que é sobre a qual escrevo.

Escrevo sobre uma memória que não é minha , pois não as vivi , mas as possuo como qualquer outra pessoa na face da terra. Lembro-me da visão do monolito , da vida nas cavernas , da caça , da morte e do medo. Lembro-me também de não estar sozinho. Só não me recordo direito em que parte parou a realidade e começou a ficção.

É estranho pensar que nascemos do nada , mas as vezes é o mais lógico a se fazer. Imaginem as catástrofes , derivadas do grande crescimento populacional , caso não deixássemos essa vida. Falo isso , pois é extremamente óbvio que é para o nada que voltaremos um dia , pois é dele que somos feito e, nada mais justo do que englobarmo-nos a ele , na hora de nossa morte.

É esse nada que nos constitui e move o mundo.

(Adriano Mariussi Baumruck)

Um comentário:

  1. "O importante não é o destino e sim a jornada.", é o que diz o filme 'Poder além da vida', é bem interessante, talvez tu goste, tem várias coisas desse tipo, pra pensar.

    Gostei do post... e do blog. Uma hora dou uma passada aqui pra ler tudo com mais calma... E não precisa agradecer por ter posto teu blog lá, coloquei porque tá legal mesmo, alías, eu que devia agradecer por ter posto o meu aqui...

    Muito sucesso pro teu novo blog!

    Bjo

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