quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sentimento comum.

Meu medo.
(Adriano Mariussi Baumruck)

Meu medo é a palavra
Escrita na pedra do desejo;
É a vontade amarrada
De ganhar seu beijo.
É a loucura minha
De cada dia;
É a morte da fantasia.
É a palavra presa na garganta;
É a pessoa presa
Na verdade alheia.

Meu medo é suicida...
É louco e casto...
É tão demente quanto o dono,
Que escreve em cada linha torta
O que é sua vida.
Meu medo é matador de sonhos;
É o amor enjaulado
Num peito alheio.

Meu medo sou eu,
Sozinho em um entardecer;
É a alegria de enfrentar ,
Não pela última vez,
A noite fria.
Meu medo é minha cabeça,
Sempre esperando a vez
De trazer, em qualquer lugar,
A vontade de recuar.

- Logo concluo que meu medo sou eu,indissolúvel,temperamental e sozinho.

Um comentário:

  1. Este e o anterior, são talvez as melhores poesias que foram escritas aqui. Não que as outras tenham sido ruins, mas é que estes estão realmente fodas! Parabéns kra!

    (e geralmente, todo artista, cria suas melhores obras em tempos de tempesatade, tempos de vacas magras, tempos de depressão...)

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